quarta-feira, 29 de outubro de 2008

GÁS DO AR CONDICIONADO TEM PRAZO DE VALIDADE?


Qualquer automóvel possui um Manual do proprietário com um plano de manutenção onde a montadora recomenda o momento da substituição de alguns componentes. Há indicação de período de troca do óleo, correias, filtros, velas... Mas e o fluido do ar condicionado? Não existe recomendação de troca?

Bem, essa informação nunca será encontrada no manual de um veículo, pois o fluido refrigerante não tem prazo de validade! É que no interior do sistema de ar condicionado o fluido sofre apenas transformações físicas, de líquido para gás, e de gás para líquido. Nesse caso, as propriedades do fluido são mantidas, eliminando a necessidade de troca.

Explicando melhor. Quando queimamos uma folha de papel o estamos transformado em cinzas. Mas das cinzas não posso obter papel. Esse é um exemplo de transformação química, onde as características de um material são alteradas permanentemente. Já numa transformação física, essas características e propriedades são mantidas. A água, por exemplo, quando colocada no congelador muda do estado líquido para sólido. Mas continua sendo água. Se derretermos o gelo obtemos novamente água no estado líquido.

E é exatamente isso que ocorre como o fluido refrigerante. Dependendo da pressão no sistema, o fluido irá se tornar líquido ou gasoso, infinitas vezes, sem alterar suas características.

Observe ainda que é incorreto chamar o fluido refrigerante de Gás, pois, como vimos o seu estado físico muda de acordo com a pressão do sistema. E, antes que alguém pergunte, apenas utilizei o termo “Gás” no título do Post por ser mais popular.

Vimos então que não há prazo para troca do fluido refrigerante. Esse período é indeterminado. Se não houver vazamentos ou contaminação do fluido, pode ter certeza que irá durar mais que o próprio veículo !! Porém, é recomendado, ao menos uma vez ao ano, reciclar o “gás” para eliminar umidade e impurezas do sistema. Esse assunto podemos explicar melhor em um próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • O fluido refrigerante utilizado atualmente é o R 134A.
  • Redução da quantidade de fluido refrigerante é indício de vazamento.
  • Não há prazo para troca do fluido. Esse período é indeterminado.

sábado, 25 de outubro de 2008

COMO FUNCIONA O CARRO FLEX – PARTE I

 Posso afirmar que o sistema Flex foi a primeira grande evolução do sistema de injeção desde que foi lançada no País em 1988. E, que desde o final da década de 80 o sistema de injeção havia passado por diversas melhorias e ajustes, mas nenhuma modificação causou tanto impacto quanto o surgimento dos carros Flex em 2003, fato este que considero um marco para a indústria automobilística nacional.

Mas, passado cinco anos, percebo que muitas pessoas ainda têm dúvidas quanto ao funcionamento do Sistema. Daí a minha iniciativa de fazer Posts abordando temas como partida a frio, mistura de combustíveis e uso de álccol. Mas qual a tecnologia por trás do sistema Flex? Como é possível um mesmo motor utilizar dois combustíveis com características tão distintas? Essas e outras questões serão apresentadas a partir de hoje aqui no Blog.

Mas antes de entendermos como funciona, é preciso entender o que muda em relação a um veículo similar movido à gasolina. Primeiramente preciso esclarecer que um motor Flex não é um motor a Álcool que pode utilizar Gasolina. Mas sim, um motor originalmente movido à Gasolina que foi adaptado para trabalhar também com Álcool, e isso faz muita diferença.

O maior desafio dos engenheiros foi adequar o motor ao uso do Álcool hidratado tornando necessário substituir diversos componentes que têm contato direto com o combustível como tubulações, bomba de combustível, material dos pistões, catalisador, injetores entre outros.

Principais modificações

  • A Central de Injeção sofreu mudanças, passando a utilizar um processador de maior capacidade. Apenas para se ter uma idéia, a capacidade de processamento foi aumentada em mais de 4 vezes.

  • Os injetores passaram a contar com uma vazão 40% maior em relação aos originais a gasolina, de modo a atender a maior necessidade de combustível do motor Flex.

  • A bomba de combustível recebe um tratamento químico a fim de suportar a oxidação causada pela água presente no álcool. Seus componentes internos são protegidos evitando o contato com o combustível.

  • O catalisador assume uma posição mais próxima do motor, de modo a tornar mais eficiente a conversão dos gases de escape.

  • Como o motor Flex precisa funcionar como dois combustíveis, a taxa de compressão nem é a do álcool, em torno de 12:1, nem a da gasolina, próximo de 9,5:1, mas sim intermediária, na faixa de 11,5:1.

    Nos Próximos Posts continuaremos a falar sobre o funcionamento do sistema Flex.

    Alexandre
Saiba mais sobre o assunto:

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

COMO FUNCIONA O IMOBILIZADOR? PARTE II


No primeiro Post Como funciona o imobilizador vimos, de uma forma geral, o funcionamento do sistema. Nesse e nos próximos Posts vamos comparar a primeira e a segunda geração de imobilizadores. Mas para isso, é preciso voltar um pouco no tempo, mas precisamente até o final dos anos 90.

Nessa época presenciamos o nascimento da primeira geração de imobilizadores, caracterizada pela presença de uma pequena central eletrônica, normalmente instalada na coluna de direção, e um conjunto de chaves, das quais se destacava uma de cor diferenciada conhecida como Chave Mestra.

Nesse sistema uma pequena antena envolvia o cilindro de ignição e tinha a função de amplificar o sinal emitido por um pequeno chip montado dentro da chave, conhecido como transponder. O sinal gerado pela chave e amplificado pela antena era recebido pela central do imobilizador que tratava de verificar junto a central de injeção a veracidade do código. Uma vez reconhecido o código, a partida do motor era habilitada.

De funcionamento aparentemente simples, a primeira geração de imobilizadores apresentava algumas deficiências, alem de terem apresentado uma série de problemas com veículos ainda pouco rodados. ( Falo isso com propriedade, pois na época acompanhei de perto algumas brocas !! ). Mas foi o fato de utilizar um único código para habilitar a partida que tornou o imobilizador vulnerável a ação de “hackers”.

E é justamente em relação ao nível de confiabilidade do sistema que a segunda geração se destaca. Mas aí é assunto para um próximo Post.

Alexandre
  • Em caso de quebra da chave codificada um chaveiro especializado pode resolver o problema.
  • A primeira geração utilizava uma chave mestra para tornar possível a programação de outras chaves.
  • A luz espia do imobilizador acesa permanentemente no painel é sinal de defeito no sistema.
Saiba mais sobre o assunto:

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

RUÍDO AO ENGRENAR A RÉ É NORMAL?


Muitas pessoas se perguntam o porquê do ruído quando se engrena a marcha ré. Aquele barulhinho, semelhante a um zumbido que o carro produz quando se desloca para trás incomoda muita gente. Alguns motoristas chegam até a perguntar ao mecânico se aquele barulho é normal. Posso tranqüilizar a todos, pois o tal “ronco” é absolutamente normal.

É que a Caixa de Marchas mecânica é composta basicamente por um conjunto de engrenagens montadas sobre dois eixos paralelos, que combinadas resultam na relação de marchas do veículo. O Torque produzido pelo motor é repassado para o eixo de entrada ( Primário ), sendo transmitido ao eixo de saída ( Secundário ) através de engrenagens helicoidais.

Estas engrenagens, utilizadas nas relações de primeira a quinta marcha, possuem dentes curvos e inclinados que proporcionam uma maior área de contato, reduzindo os esforços e conseqüentemente o nível de ruído.

No caso específico da Marcha–ré, o engrenamento é realizado através de engrenagens de dentes retos, e não dentes curvos, de forma a facilitar o engate. Porém, apesar desse tipo de engrenagem possuir maior capacidade de transmissão de força, apresenta uma menor suavidade de funcionamento, resultando em um ruído característico quando engatada. Observe ainda que como este tipo de engrenagem não possui anel sincronizador o que exige a parada completa do veículo antes do engate.

Mesmo com algumas desvantagens esse tipo de engrenagem é o preferido em competições esportivas. É que por serem mais robustas e duráveis as engrenagens de dentes retos são mais utilizadas em corridas. Mais você não precisa ser piloto para tirar proveito. A marcha ré possui a mesma relação de marchas da primeira produzindo, teoricamente, a mesma força. Só que a ré tem a vantagem de conseguir transmitir mais força, justamente pelo uso de engrenagens de dentes retos. Ou seja, se você precisa de tração para sair de um atoleiro ou puxar outro veículo, por exemplo, utilize a marcha ré !!

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço


  • Pare totalmente o veículo antes de engatar a ré.
  • Se for sair de um atoleiro use a marcha ré.
  • Complete o óleo da caixa de marchas a cada 60.000Km

sábado, 18 de outubro de 2008

COMO FUNCIONA A PARTIDA A FRIO NO CARRO FLEX – PARTE II


No Post Como funciona a partida a frio no carro flex – Parte I, entendemos o porquê da necessidade de utilizar um sistema auxiliar nos carros Flex. O objetivo do Post de hoje é explicar melhor o funcionamento desse sistema, apresentando seus principais componentes.

Basicamente esse sistema auxiliar é composto por um reservatório plástico, com capacidade para aproximadamente 1,0 litro de combustível. Por questões de segurança, o acesso a esse reservatório é normalmente feito através do vão do motor, abrindo-se o capô. A localização desse recipiente é na parte interna do pára-lamas dianteiro, do lado esquerdo ou direito.

Uma tampa plástica dá acesso ao reservatório que deve ser preenchido com gasolina aditivada. É que como a quantidade de combustível injetado na partida a frio é muito pequena, a gasolina terá que manter suas propriedades por um bom tempo. Aí entram os aditivos ajudando a gasolina a suportar por mais tempo no reservatório sem envelhecer.

Mas cuidado na hora de abastecimento. É que já acompanhei vários casos onde o motor do carro falhava quando frio. O motivo? O frentista se confundiu e colocou água em vez de gasolina, pensando estar enchendo o reservatório do limpador de pára-brisa !!

Alguns motoristas reclamam ainda de cheiro forte de gasolina ao abastecer. Isso é característico de usuários que não o abastecem o reservatório com freqüência. É que a gasolina protege as borrachas de vedação. A ausência de combustível provoca o ressecamento dessas borrachas ocasionando vazamentos. Por isso, abastecer frequentemente o reservatório de partida a frio além de renovar o combustível no interior do recipiente, retardando o envelhecimento, evita o problema de vazamentos no futuro.

Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre os componentes do Sistema de partida a frio.

Alexandre

Dicas AutoServiço


  • Frequentemente abasteça o reservatório de partida a frio para evitar o envelhecimento do combustível.
  • Cheiro forte de gasolina é indício de vazamento no reservatório.
  • Abasteça sempre o reservatório de partida a frio com gasolina aditivada.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

COMO FUNCIONA O IMOBILIZADOR? PARTE I


Ha muito tempo atrás, travas de direção, correntes e cadeados deixaram de representar a segurança do motorista quanto ao seu patrimônio sobre rodas. O carro, considerado símbolo de status e conquistas pessoais, sempre despertou o interesse dos “amigos do alheio”. E apesar da velocidade com que a tecnologia desenvolve novos sistemas de segurança estamos sendo rapidamente acompanhados pelos gatunos e oportunistas de plantão.

Desde então, os Alarmes deixaram de ser meros elementos de efeito sonoro, passando a contar com sofisticados sensores de presença. Estes Sensores utilizam sistemas de ultra-som para detectar a violação do habitáculo, caracterizado como arrombamento. A carroceria passou a ser protegida pela presença de interruptores de pressão nas portas, capô do motor e tampa de mala.

Mesmo assim, os veículos continuavam vulneráveis àqueles mais ousados, que não se importam com luzes de alerta piscando e sirenes ligadas. Existia ainda a necessidade de impedir ou evitar que o veículo fosse roubado. Para a felicidade de muitos proprietários e infelicidade dos gatunos, foi desenvolvido o Imobilizador eletrônico.

Este dispositivo antifurto é codificado eletronicamente com o objetivo de habilitar ou não a partida do motor do veículo. O sistema é constituído por um Módulo de Comando ligado diretamente a Central de Injeção Eletrônica do motor. Ao girar a chave na ignição, um pequeno chip instalado na chave ( Transponder ), emite um sinal codificado, amplificado por uma antena localizada no cilindro, sendo reconhecido pelo Módulo. Neste momento, a Central de Injeção eletrônica recebe a informação confirmando o reconhecimento da chave, liberando assim a partida do motor.

Este sistema impede que na tentativa de partida direta ou utilização de uma chave desconhecida seja possível ligar o veículo. Nestas condições, o Módulo de Comando não recebe nenhum código, eliminando sua comunicação com a Central de Injeção Eletrônica, impossibilitando a partida do veículo. Por motivo de segurança, os imobilizadores possuem códigos criptografados o que impede sua cópia ou reprodução dificultando ainda mais a vida dos ladrões.

Nos próximos Posts falaremos mais sobre imobilizadores.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Em caso de perda das chaves é necessário chamar um profissional especializado.
  • Caso a chave não seja reconhecida a partida do motor é inibida.
  • O imobilizador não impede que o carro seja arrombado. Essa função cabe ao alarme.
Saiba mais sobre o assunto:

domingo, 12 de outubro de 2008

É correto pisar na embreagem antes de dar a partida no motor?


Esse Post é relativo a um assunto muito polêmico - É correto pisar na embreagem antes de dar a partida no motor?

Bem, no momento do funcionamento do motor, quem sofre a maior carga é o motor de partida que tem a função de movimentar os componentes internos do motor do veículo fazendo com que ele pegue. Somado ao peso do motor está o câmbio que encontra-se acoplado ao motor aumentando ainda mais o peso do conjunto.

No momento da partida, quando pressionamos o pedal de embreagem estamos desacoplando o motor da caixa de câmbio, aliviando assim a carga imposta sobre motor de partida.

Como podemos ver, a Embreagem além de sua função de desacoplar o motor da caixa de mudanças permitindo o engate das marchas, pode ser utilizada também para facilitar a partida do veículo.

Esta prática, além de segura, pois evita a possibilidade de trancos ao dar partida no veículo, em nada prejudica o funcionamento da embreagem, pois a carga imposta ao sistema é pequena.

Apesar do motor de partida ser dimensionado para suportar o esforço de movimentar o motor mesmo quando acoplado ao câmbio, podemos citar como benefícios o menor desgaste dos componentes mecânicos do motor de partida, além de exigir uma menor carga da bateria no momento da partida.

Até o próximo Post.
Alexandre
Dicas AutoServiço
  • Dar a partida com o pé no pedal de embreagem aumenta a vida útil da bateria.
  • Evite repousar o pé sobre pedal de embreagem com o motor funcionando.

  • Funcionar o motor pressioando o pedal de embreagem reduz o desgaste do motor de partida.
  • terça-feira, 7 de outubro de 2008

    TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – PERÍODO DE TROCA


    Na década de 70 e 80 os manuais de uso e manutenção dos veículos alertava para a primeira troca de óleo, com 1.000 Km e as demais a cada 3000 a 5.000 Km. Com o passar do tempo, o desenvolvimento dos motores exigiu lubrificantes mais avançados. Vimos o período de troca se expandir até 20.000 Km no final da década de 90. Então, porque hoje em dia devemos nos preocupar tanto com o período de troca de óleo?

    Explico. O problema não está na qualidade do óleo, mais sim nas condições ao qual está exposto. Temperaturas elevadas, qualidade do combustível e trânsito intenso são fatores que aceleram a degradação do óleo.

    O óleo lubrificante tem a função básica de reduzir o atrito entre os componentes internos do motor, formando uma fina película que adere às superfícies das peças, reduzindo o desgaste. O filme lubrificante possui características detergentes e anti-espumantes que com o passar do tempo perdem seus efeitos exigindo a troca do óleo.

    As montadoras estimam hoje um período de troca que varia entre 10.000 a 15.000 Km, em média. Mas, como a função principal desse Blog é esclarecer temas sobre a manutenção do seu carro recomendamos reduzir pela metade o período de troca do óleo do motor, substituindo sempre o filtro.

    É que longos períodos em marcha lenta no trânsito urbano acelera a degradação o óleo, pois nessas condições o excesso de combustível injetado no motor se acumula no lubrificante. Somado a isso, está o aumento da temperatura provocado pela deficiência de ventilação.

    É importante lembrar que a troca de óleo depende não apenas da condição de uso do veículo, mas também do tipo de motor. È isso que veremos nos próximos Posts.

    Até o próximo Post

    Alexandre

    Dicas AutoServiço

    • Se utiliza o carro na cidade substitua o óleo a cada 5.000Km ou 6 meses.
    • Utilizar o carro em estradas estende o período de troca de óleo.
    • Sempre trocar o filtro de óleo junto com o lubrificante.

    domingo, 5 de outubro de 2008

    PORQUE NÃO DEVEMOS ABASTECER O TANQUE ATÉ A " BOCA " ?


    Com o preço dos combustíveis, é tentador aproveitar uma promoção e abastecer o tanque, literalmente, até a boca. Por diversas vezes presenciei motoristas que inclinavam o carro para garantir uns litrinhos a mais... Um exagero!! Essa prática deve ser evitada, sob o risco de prejudicar o motor.

    É que dependendo do veículo, essa coluna de líquido adicional pode chegar a mais de dois litros, resultando no aumento da pressão interna do tanque de combustível. Essa elevação de pressão prejudica o Filtro do canister que é um sistema que recupera os vapores formados no tanque evitando que os mesmos sejam lançados a atmosfera.

    Esse filtro possui pequenos grãos de carvão ativado, cuja função é reter os vapores de combustível. Quando a pressão do tanque aumenta, partículas de combustível líquido chegam até o filtro aumentando o tamanho dos grãos de carvão. Com o passar do tempo os grãos incham e estouram o filtro liberando pequenas partículas diretamente para o motor, provocando cheiro forte de combustível e falhas de funcionamento.

    Para evitar isso, devemos interromper o abastecimento sempre que a mangueira da bomba do Posto der o estalo indicando o nível de tanque cheio.

    Até o Próximo Post

    Alexandre

    Dicas Auto Serviço
    • Deve-se interromper o abastecimento sempre que houver a indicação de tanque cheio.
    • Evite rodar muito tempo com o tanque vazio.
    • Encher o tanque até a boca prejudica o Filtro Canister.

    COMO FUNCIONA O AR CONDICIONADO VEICULAR ?


    Neste Post vamos explicar o funcionamento de um ar condicionado veicular partindo do princípio de que o fluido refrigerante utilizado apresenta características físico-químicas específicas, tendo sua aplicação limitada a sistemas de refrigeração e climatização. Esse fluido, erroneamente chamado de gás, muda de estado físico, passando do estado gasoso para líquido e do líquido para o gasoso, de acordo com as condições de pressão e temperatura do sistema. Atualmente, utiliza-se o fluido refrigerante R134-A tido como ecológico por não afetar a camada de ozônio, em substituição ao fluido R12.

    Para que o fluido circule pelo sistema é necessário utilizar um compressor. Esse dispositivo está fixado por um suporte ao lado do motor e ligado a ele através de um sistema de polia e correia. Uma vez acionado, o compressor gera uma diferença de pressão no sistema aspirando e comprimindo o fluido constantemente, elevando sua temperatura e pressão.

    Após a compressão, o fluido ainda no estado gasoso, é direcionado através de tubulações de alumínio para o Condensador que é uma espécie de trocador de calor localizado na dianteira do veículo, à frente do radiador do motor. Essa posição privilegiada permite uma eficaz troca térmica com o ar, retirando calor do fluido refrigerante, baixando assim sua temperatura.

    Ao sair do Condensador o fluido agora no estado líquido, mas ainda sob elevada pressão, passa por um filtro chamado de “Filtro secador” cuja função é reter partículas de impureza, impedindo que as mesmas danifiquem outros componentes do sistema, além de absorver a umidade presente no fluido.

    Uma vez limpo, o fluido, ainda líquido, é direcionado para a válvula de expansão onde ocorre uma brusca variação de pressão e conseqüente queda de temperatura. Essa condição, conhecida como expansão, transforma o fluido em gotículas microscópicas semelhante a névoa de perfume exalada por um desodorante spray.

    Dentro do evaporador essa névoa de fluido circula por um caminho tortuoso, formado por pequenos tubos de alumínio curvado. Nesse momento o ventilador do painel do veículo lança uma massa de ar que foi retirada do habitáculo ou do ambiente externo. O ar, por estar mais quente que o fluido, sede parte do seu calor e umidade, transformando o fluido novamente em gás.

    É essa massa de ar, que ao fornecer calor ao fluido, sai dos dutos de ventilação, refrigerando o interior do veículo.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Redução da quantidade de gás do sistema é indício de vazamento.
    • Verifique o sistema de Ar Condicionado ao menos uma vez ao ano.
    • Falta de fluido refrigerante ou excesso prejudica a eficiência do sistema.
    Para saber mais sobre o assunto: